sábado, 16 de agosto de 2008

ANALGÉSICOS PARA DOR DE DENTE (informações úteis ao paciente) . Disciplina de Endodontia UFAL



ANALGÉSICOS PARA DOR DE DENTE (informações ao paciente)
Definição: Analgésico é o nome dado a medicamentos para o alívio da dor. . O seu fim é tratar os sintomas de uma doença e não a doença em si.
Classificação: analgésicos opióides e não opióides
Analgésicos não opióides são usados para dores de leves à moderadas , incluindo dor de dente , dor na região da boca e face. Eles agem no sítio da dor, não causam dependência e não alteram a percepção individual como os analgésicos opióides ou narcóticos podem fazer.

Muitos analgésicos não opióides poderão ser adquiridos sem receita médica em farmácias e supermercados. Exemplos de não opióides: aspirina, ibuprofeno, cetoprofeno, naproxeno , paracetamol , entre outros.

Formas de uso (administração): os analgésicos são frequentemente administrados em comprimido ou em cápsulas, mas também poderão estar disponíveis sob a forma de líquidos, injeções e supositórios

Vantagens :os analgésicos são uma forma rápida e eficaz de lidar com dores ligeiras a agudas. A maioria dos analgésicos leva 30 a 60 minutos para começar a atuar se administrados em comprimido, embora os analgésicos intravenosos ou injetados demorem muito menos tempo para fazer efeito.

Posologia (dose do analgésico): a dose dependerá do tipo de analgésico utilizado e da condição para a qual está sendo utilizado. Salvo indicação em contrário de seu cirurgião-dentista, siga a posologia indicada na embalagem ou no folheto incluso.

Quem poderá tomá-los?
O ideal é identificar o problema antes de tratar os sintomas. Isto é, tomar analgésicos poderá aliviar a dor, mas poderá também esconder a causa da dor, agravando o problema. Consulte um cirugião-dentista se sentir uma dor de dente prolongada ou uma dor facial ou bucal que não seja aliviada por analgésicos não opióides.
Se já estiver fazendo uso de outro tipo de medicação, deverá consultar o cirurgião dentista antes de começar a tomar analgésicos. Mesmo os não opióides ligeiros como o paracetamol , poderão causar graves problemas de saúde se tomados em grandes quantidades.
Por este motivo, é melhor certificar-se de que a sua medicação não contém analgésicos ou substâncias que possam reagir adversamente a analgésicos.

ASPIRINA:
O velho parâmetro no controle da dor é a aspirina , também conhecido pelo nome técnico de ácido aceti-salicílico ou AAS.
Cuidados: **Aspirina não é para qualquer um. Por exemplo, você não deve tomar aspirina se você tem úlceras, porque ela pode piorar os sintomas, ou se você tem asma, porque ela pode provocar um ataque. Os doentes que sofrem de pólipos nasais têm tendência para desenvolver asma se tomarem aspirina Aspirina também poderia piorar doenças dos rins ou fígado.E, no caso de se tomar aspirina em altas doses continuamente, pode ocasionar tínitus, também conhecido por "zumbido no ouvido". **Crianças nunca devem receber aspirina se elas tem evidências de infecção viral (gripe, varicela etc) porque existe a possibilidade do síndrome de Reye - uma desordem rara, mas potencialmente fatal que causa convulsões e danos cerebrais podendo levar a morte.
**Mulheres grávidas não devem usar aspirina durante seu último trimestre, pois aumenta o risco de sangramento durante o parto. **A alergia à aspirina pode produzir erupções cutâneas ou dificuldades graves na respiração.

ACETAMINOFEN (PARACETAMOL): é um analgésico substituto da aspirina que se acredita agir diretamente nas terminações nervosas para suprimir a dor. Normalmente é tomado nas mesmas doses da aspirina para adulto. Acetaminofen é mais gentil para o estômago do que a aspirina e não apresenta risco de síndrome de Reye em crianças.
Cuidados: **Se tomada em excesso pode causar danos letais ao fígado, principalmente em bebedores inveterados.
**A ausência de complicações no estômago levou alguns a considerar que o paracetamol não tem efeitos adversos. No entanto, se for administrado em doses elevadas durante períodos prolongados, podem ocorrer alguns riscos, como por exemplo, perturbações renais. O uso regular de outros fármacos antiinflamatórios não esteróides, exceção feita à aspirina, pode aumentar também o risco de doenças renais.
**Uma superdosagem de mais de 15 g de paracetamol pode produzir uma lesão hepática (do fígado) irreversível. Doses menores durante períodos prolongados de tempo não implicam lesões graves do fígado. Os consumidores de grandes quantidades de álcool apresentam maior risco de alterações hepáticas pelo uso exagerado de paracetamol. O jejum pode contribuir para a lesão hepática. É necessária uma investigação adicional, mas as observações até agora sugerem que as pessoas que tomam paracetamol e deixam de comer por causa de um forte resfriado ou de uma gripe podem apresentar lesões do fígado.
**Muitos produtos de venda sem prescrição médica, como os remédios contra alergias, resfriados, tosse, gripe, dor e sinusite contêm paracetamol. Deve-se evitar tomar simultaneamente vários fármacos que contenham paracetamol.

IBUPROFENO , CETOPROFENO E NAPROXENO SÓDICO: são analgésicos extremamente potentes.Como a aspirina, eles também agem inibindo a produção das prostaglandinas. A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA) aprovou o ibuprofeno como medicamento para venda sem receita em 1984 e o naproxeno sódico em 1994. O Cetoprofeno também foi aprovado para venda sem receita .
Cuidados: **Embora o ibuprofeno e o naproxeno sejam ambos comparativamente mais brandos sobre o estômago do que a aspirina, eles devem ser evitados por pessoas com úlceras ou que sejam alérgicas à aspirina.Eles também podem prejudicar a função do fígado e interferir com a coagulação do sangue.
**O ibuprofeno, cetoprofeno e o naproxeno podem causar indigestão, náuseas, diarreia, acidez, dor de estômago e úlceras tal como a aspirina. Outros efeitos adversos incluem sonolência, vertigem, zumbidos nos ouvidos, perturbações visuais, retenção de água e dificuldades respiratórias.
**Alguns fármacos prescritos para o coração e para a pressão arterial não atuam tão bem se forem combinados com esses antiinflamatórios. Os indivíduos que tomam bebidas alcoólicas regularmente podem correr maior risco de alterações do estômago, úlceras e disfunção hepática.
**Os doentes alérgicos à aspirina também podem ser alérgicos ao ibuprofeno, ao cetoprofeno e ao naproxeno. As erupções cutâneas, picadas ou dificuldades de respiração requerem uma atenção médica imediata.

ATENÇÃO: O lmais importante acerca dos analgésicos vendidos sem receita é que eles devem ser medicamentos de uso curto. Se você se encontra tomando essas drogas rotineiramente para o alívio da dor de dente você deve procurar um cirugião-dentista urgentemente. Crianças não devem tomar tais medicações por mais do que 5 dias.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Avaliação Clínica de Três Agentes Dessensibilizantes no Alívio da Hipersensibilidade Dentinária

Clinical evaluation of three desensitizing agents in relieving dentin hypersensitivity.
Oper Dent. 2007 Nov-Dec;32(6):544-8.Pamir T, Dalgar H, Onal B.
Ege University, School of Dentistry, Department of Restorative Dentistry and Endodontics, Izmir, Turkey. tijenpamir@yahoo.com

OBJECTIVES: This in vivo study determined whether the application of three different desensitizing agents on exposed dentin surfaces was effective in reducing dentin hypersensitivity in subjects with slight-to-moderate sensitivity.
METHODS: Sixty patients with a history of sensitivity were included in this study. At baseline visit, the initial sensitivity levels were recorded using a visual analog scale (VAS). In order to activate the sensitivity, evaporative (air-blast) and thermal (chloraethyl) stimuli were applied to each subject. The subjects' responses to the stimuli were marked on the VAS. Then, the subjects were assigned to one of the treatment groups or to a placebo. The agents used were Seal&Protect (Dentsply DeTrey GmbH, Konstanz, Germany), Vivasens (Ivoclar Vivadent AG, Schaan, Liechtenstein) and BisBlock (BISCO, Schaumburg, IL, USA); whereas, distilled water was used as the placebo. The subjects were recalled after four weeks, and their responses were again recorded.
RESULTS: The VAS scores of the treatment and placebo groups were not different from each other at baseline (p > 0.05), and thermal stimuli caused higher patient discomfort than evaporative stimuli (p <> 0.05).
CONCLUSION: It was concluded that the desensitizing agents used in this clinical study were effective in alleviating dentin hypersensitivity. Meanwhile, the placebo response was shown to play a significant role.
RESUMO EM PORTUGUÊS
AVALIAÇÃO CLÍNICA DE TRÊS AGENTES DESSENSIBILIZANTES NO ALÌVIO DA SENSIBILIDADE DENTINÁRIA

OBJETIVOS: Este estudo in vivo determinou se a aplicação de três diferentes agentes dessensibilizantes sobre superfícies dentinárias expostas , foi efetiva na redução da hipersensibilidade dentinária , em indivíduos com sensibilidade leve à moderada.
MÉTODOS: Foram incluídos neste estudo sessenta pacientes com história de sensibilidade . Na avaliação inicial foram registrados os níveis de sensibilidade, empregando uma escala visual analógica(VAS). Para desencadear a sensibilidade foram aplicados em cada indivíduo estímulos térmicos (cloreoetileno) e de desidratação ( jato de ar). As respostas individuais aos estímulos foram marcadas no VAS. Em seguida, os indivíduos foram encaminhados a um dos grupos de tratamento ou ao grupo placebo . Os agentes usados foram Seal&Protect (Dentsply DeTrey GmbH, Konstanz, Germany), Vivasens (Ivoclar Vivadent AG, Schaan, Liechtenstein) e BisBlock (BISCO, Schaumburg, IL, USA); no grupo placebo foi empregado água destilada. Os indivíduos foram chamados após quatro semanas e suas respostas foram novamente avaliadas.
RESULTADOS: Os escores VAS dos grupos de tratamento e placebo não foram diferentes entre si na avaliação inicial (p > 0.05) e, os estímulos térmicos causaram um maior desconforto aos pacientes do que os estímulos de secagem (p <> 0.05). ]
CONCLUSÃO: Concluiu-se que os agentes dessensibilizantes empregados neste estudo , foram eficazes no alívio da hipersensibilidade dentinária . Entretanto, a resposta do placebo demonstrou ter uma função significativa.

AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DA DOR



















Avaliação da intensidade de dor (artigo de revisão)Autores:Deusvenir de Souza Carvalho1, Pedro André Kowacs21-Professor adjunto, doutor de Neurologia Clínica, chefe do Setor de Investigação e Tratamento das Cefaléias, Disciplina de Neurologia, Departamento de Neurologia e Neurocirurgia,Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São PauloE-mail: deusveni@provida.org.br2-Neurologista do Instituto de Neurologia de Curitiba e do Serviço de Neurologia do Departamento de Clínica Médica,Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PRCarvalho DS, Kowacs PARevista:Migrâneas cefaléias, v.9, n.4, p.164-168, out./nov/dez. 2006
RESUMO
Introdução: A intensidade de uma dor é subjetiva, porém necessita de avaliação quantitativa para o seu diagnóstico e para o acompanhamento do seu tratamento.
Objetivo: Revisar a literatura quanto à avaliação objetiva da intensidade da dor, particularmente para cefaléia.
Método: Os artigos mais relevantes quanto aos métodos de avaliação e quantificação da intensidade da dor e suas escalas foram revisados de forma crítica.
Resultados e Conclusões: Escalas verbais descritivas e categóricas, escalas visuais analógicas numéricas, lineares, pictóricas, escalas debilitantes funcionais e comportamentais se mostram úteis para a avaliação da intensidade da dor. O uso de escalas de forma associada talvez propicie uma melhor avaliação da dor.
PALAVRAS-CHAVE
Cefaléia; enxaqueca; avaliação da intensidade da dor; escalas
de dor.
REFERÊNCIAS DAS FIGURAS ADAPTADAS DO ARTIGO
4. Whaley L, Wong DL. Nursing Care of Infants and Children. StLouis, CV Mosby Co, 1987.
5. Wong DL, Baker C. Pain in children: comparison of assessment scales. Pediatric Nursing 1988;14:9-17.
6. Bieri D, Reeve RA, Champion GD, Addicoat L, Ziegler JB. The faces pain scale for the self-assessment of the severity of pain experienced by children: development, initial validation, and preliminary investigation for ratio scale properties. Pain 1990;41:139-150.
7. Melzack R. The McGill pain questionnaire: major properties and scoring methods. Pain 1975;1:277-299.
8. Mongini F. Headache and Facial Pain. Stuttgart, Thieme, 1999. 292 p.
9. Wilkie DJ, Holzemer WL, Tesler MD, Ward JA, Paul SM, Savedra MC. Measuring pain quality: validity and realbility of children's and adolescents' pain language. Pain 1990; 41:151-15

sábado, 9 de agosto de 2008

Resumo artigo :RESTAURAÇÃO NA ENDODONTIA

Biomechanical considerations for the restoration of endodontically treated teeth: a systematic review of the literature, Part II (Evaluation of fatigue behavior, interfaces, and in vivo studies).
Quintessence Int. 2008 Feb;39(2):117-29

Dietschi D, Duc O, Krejci I, Sadan A.
Department of Cariology and Endodontics, School of Dentistry, University of Geneva, Geneva, Switzerland. ddietschi@medecine.unige.ch

OBJECTIVE: The restoration of endodontically treated teeth has long been guided by empirical rather than biomechanical concepts. Part I of this literature review presented up-to-date knowledge about changes in tissue structure and properties following endodontic therapy, as well as the behavior of restored teeth in monotonic mechanical tests or finite element analysis. The aim of the second part is to review current knowledge about the various interfaces of restored, nonvital teeth and their behavior in fatigue and clinical studies
A REVIEW METHOD: The basic search process included a systematic review of articles contained in the PubMed/Medline database, dating between 1990 and 2005, using single or combined key words to obtain the most comprehensive list of references; a perusal of the references of the references completed the review.
RELEVANT INFORMATION AND CONCLUSIONS: Nonvital teeth restored with composite resin or composite resin combined with fiber posts resisted fatigue tests and currently represent the best treatment option. In comparison to rigid metal and/or ceramic posts, when composite resin or composite resin/fiber posts fail, the occurrence of interfacial defects or severe tooth breakdown is less likely. Adhesion into the root, however, remains a challenge because of the unfavorable ovoid canal configuration, as well as critical dentin microstructure in the deepest parts of the canal. Thus, specific combinations of adhesives and cements are recommended. The clinical performance of post-and-core restorations proved satisfactory overall, in particular with a contemporary restorative approach using composite resin and fiber posts. However, the clinical literature does not clearly isolate or identify exact parameters critical to success. This, in turn, emphasizes the importance and relevance of in vitro studies to further improve the quality and long-term stability of prosthetic foundations.



RESUMO EM PORTUGUÊS

Considerações biomecânicas para a restauração de dentes tratados endodonticamente: revisão sistemática de literatura , Parte II( Avaliação do comportamento à fadiga , das interfaces e de estudos in vivo)
OBJETIVOS: A restauração de dentes tratados endodonticamente tem sido conduzida mais por conceitos empíricos do que biomecânicos. A parte I desta revisão de literatura apresentou uma atualização dos conhecimentos sobre as modificações nas estruturas e propriedades teciduais após terapia endodôntica , assim como o comportamento de dentes restaurados em testes mecânicos monotônicos ou em análise de elementos finitos. O objetivo da parte II é rever o estado atual das interfaces de dentes desvitalizados restaurados , do comportamento à fadiga e de estudos clínicos.
UM MÉTODO DE REVISÃO: O processo de pesquisa básica incluiu uma revisão sistemática de artigos contidos na base de dados do Pubmed/ Medline , entre 1990 e 2005 , empregando palavras chaves isoladas ou combinadas para obter uma lista das referências mais abrangente ; uma leitura atenta das referências das referências completou a revisão.
INFORMAÇÕES RELEVANTES E CONCLUSÕES: Os dentes desvitalizados restaurados com resina composta ou resina composta com pinos de fibra resistiram aos testes de fadiga e, atualmente, representam a melhor opção de tratamento . Nos casos de fracassos das resinas compostas ou de resinas compostas com pinos de fibra , a ocorrência de falhas marginais ou de dano severo ao dente é menos comum, quando comparados aos fracassos com pino de metal e/ ou cerâmicos . Contudo, a adesão no interior da raiz continua a modificar devido à configuração desfavorável de canais ovalados , assim como à microestrutura dentinária nas partes mais profundas do canal. Desta forma, combinações específicas de adesivos e cimentos são recomendadas. O rendimento clínico de restaurações com pinos e núcleos mostrou-se satisfatório , em particular com a intrudução de procedimentos restauradores contemporâneos que empregam resina composta e pinos de fibra. No entanto, a literatura não separa de forma clara ou identifica de forma exata , os parâmetros críticos para o sucesso. Isto, por outro lado, enfatiza a importância e relevância de estudos in vitro para melhorias futuras à qualidade e estabilidade a longo prazo de restaurações protéticas.

 
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